quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Templo Zu Lai

(clique na imagem para ampliá-la)

1 Mesmo na fotografia, a realidade é sempre subjetiva. O que se vê, o que a câmera recorta, é nossa visão subjetiva do mundo. Fora dela o mundo não faz sentido. Quanto mais olho para fora, mais mergulho na superfície oceânica de mim mesmo. Se a foto é boa, se o olhar é bom, esse paradoxo é inesgotável.
Quando fotografo, lido com o enorme prazer de ver o mundo, e de recortar essa visão em fragmentos. Para quê? Para nada, pelo simples prazer de me sentir vivo, de me saber disponível para os olhos, para o móbile que há neles. Fotografo pelo simples prazer de manipular a superfície visível do mundo, a ínfima partícula da superfície que me cabe.
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