terça-feira, 23 de agosto de 2011

lançamento/Curitiba QUER JOGAR?


RELEASE – QUER JOGAR? Livro de arte e jogo dedicado a todos aqueles que optam por não esquecer as origens, a substância lúdica presente em nossas vidas. 
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Título: Quer jogar?
Autora do texto: Adriana Klisys
Autor dos desenhos: Carlos Dala Stella
Número de páginas: 190
Formato:  28,5 x 29 cm
Preço: R$ 99,00
ISBN: 978-85-98112-98-5


Quer jogar?, lançamento das Edições SESC SP, é um livro de jogos e brincadeiras. Nele Adriana Klisys apresenta curiosidades sobre jogos tão diversos no tempo e no espaço como o Jogo da Onça e o Mancala, tão inusitados como o Fan-Tan e o Chung Toi, tão vivazes como jogar Pião e tão sutis como soprar Bolhas de Sabão. A autora discute desde jogos consagrados, chegando em alguns casos a seu desdobramento contemporâneo, até os mais recentes, tudo permeado ora pela reflexão mais aguda, ora por um tom francamente poético, inspirado nas lembranças da infância.
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Quer jogar? é um livro para o deleite de todos, ele expressa as percepções mais íntimas da autora sobre a relação entre brincadeira e arte, principalmente seu interesse pelos meandros do lúdico. O livro apresenta e discute dezenas de jogos do mundo todo, mas também aqueles que se armam improvisadamente no dia-a-dia, na rua, em casa ou na escola – e que vão constituindo delicadamente o subsolo da sensibilidade estética. 

Mas Quer jogar? é também um livro de arte, graças à parceria com o poeta-pintor Carlos Dala Stella, que realizou 96 desenhos, colagens e recortes inspirados pelo mesmo desejo de apreender o lúdico, seja representando jogos ou brincadeiras, sempre preocupado com a vivacidade da linha. Quanto às técnicas, essas imagens-convite exploram um arco ainda mais diversificado do que o de Bicicletas de Montreal, um de seus livros, indo do figurativo mais poético à abstração mais lúdica.

 A relação dos desenhos com a prosa vai muito além da mera ilustração. Tanto texto como imagem guardam a autonomia que caracteriza cada uma dessas linguagens. Exatamente por isso ambos constroem juntos um diálogo em uníssono, antecipando-se ora um ora outro no desdobramento daquilo que corresponde à substância lúdica na vida adulta.

O resultado é um livro híbrido, tanto de estudo como de deleite, de evocação e reflexão, belo e instigante. É essa ambivalência que faz de Quer jogar? um livro cuja complexidade está ao alcance da sensibilidade de todas as idades.
Sobre a autora dos  textos: Adriana Klisys é formada em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, diretora da Caleidoscópio Brincadeira e Arte, consultora em educação e cultura lúdica, é idealizadora das Terças Lúdicas, vivências criativas e estéticas para adultos . É autora de jogos e livros, entre eles Ciência, Arte e Jogo, pela Peirópolis. http://www.caleido.com.br/

Sobre o autor dos desenhos – Carlos Dala Stella é pintor e poeta. Formado em Letras pela Universidade Federal do Paraná. Trabalha com diversas técncias, como pintura e desenho, jato de areia sobre vidro e painéis de cimento. O diálogo entre artes plásticas e escrita é uma das principais características de seu trabalho. É autor de alguns livros, entre eles Bicicletas de Montreal e O Gato sem Nome.
http://www.dalastella.blogspot.com/


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Simone Spoladore

Fiz essa pequena entrevista em 2001, durante o Festival de Cinema de Montreal, um dia depois da estréia do longa Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho, elogiadíssimo na ocasião por Bernardo Bertolucci. Ela foi publicada parcialmente no jornal Gazeta do Povo, no mesmo ano em que Simone Spoladore se tornava nacionalmente conhecida por sua brilhante atuação na série Os Maias, do mesmo diretor de Lavoura.


Como foi compor a Ana, esse personagem central na trama do filme?
A gente trabalhou muito e buscou mesmo essa expressividade da Ana em todos os movimentos. Eu fiquei muito tempo ensaiando a dança do ventre em São Paulo, durante seis meses trabalhando exaustivamente, pra buscar a linguagem dela, essa linguagem corporal e sensível também. Engraçado, eu fiquei muito surpresa também quando vi agora o filme. Acho que eu já mudei daquele tempo pra cá, fisicamente mudei, já estou diferente.

E a mudez da Ana? Ela não fala praticamente nada desde o início do filme até a cena final da dança.
A Ana fica sem falar mas é muito forte o que ela tem a dizer. A dança é na verdade o grito dela. O encontro amoroso dela com o irmão é de uma força tão grande que ela se transforma. No momento em que ele está na pensão ela está ali naquela fazenda se revirando também. É nesse momento que ela mostra isso, o quanto ela está revirada internamente por ele. O amor entre eles é transformador, eu acho mesmo.

Desde o início você sentiu a densidade do texto do Raduan Nassar?
Claro. A primeira vez que eu li o livro, falei: eu quero fazer a Ana, eu posso fazer a Ana. Eu me identifiquei muito com o personagem. Aí quando fiquei sabendo que estavam sendo realizados os testes pro filme, fui lá levar o currículo. Setecentas pessoas fizeram o teste, eu fui uma delas.

Só depois do filme do Luiz Fernando você foi pra televisão?
A primeira vez que eu fiz televisão foi n'Os Maias. Depois que acabou o filme, em 1998, me chamaram pra fazer testes pra novelas e eu não quis fazer, não fui nem fazer os testes, porque eu estava em Curitiba ainda e porque o Lavoura foi um trabalho forte, muito importante pra todos nós. Eu fiquei  em Curitiba, continuei estudando teatro. Comecei fazendo dança, na verdade, depois teatro. E não quis fazer as novelas justamente porque o Luiz queria muito que a Ana fosse uma atriz desconhecida. Por isso eu me preservei também. Eu achava que não devia abrir mão disso pro filme. Tanto que eu fui fazer Os Maias só porque era o Luiz Fernando que dirigia. E porque o personagem era maravilhoso. Fiquei muito apaixonada pelo personagem. Aí fiz os testes, a gente conversou e ele falou que ia mudar tudo na Maria Monforte pra Ana(personagemm do Lavoura) ficar nova ainda. Tanto que eu me surpreendi vendo a Ana, depois de ter visto a Maria Monforte, que eu acabei de fazer. Elas são completamente diferentes, por isso fiquei muito contente.

Mas voltando ao Lavoura...
A gente ficou dois meses na fazenda mergulhando nesse universo do Raduan e acho que ninguém saiu impune de ter feito o Lavoura. Todos os atores, mesmo o Raul, mesmo a Juliana, acho que tiveram muitos questionamentos sobre tudo, sobre a vida, o trabalho. Claro que pra mim, que estou no início da minha carreira, foi uma experiência de formação.

Como é ser dirigido pelo Luiz Fernando Carvalho?
Ele é generoso, ele trabalha com amor, trabalha com afeto, trabalha com doação. Ele foi maravilhoso.



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ícaro com girassóis pretos



Depois de oito meses, retomei um desenho de ícaro caindo, com girassóis pretos. Durante esse tempo, recebi várias visitas, ninguém notou o desenho inacabado sobre o móvel branco, cheio de prateleiras. Mas havia algo lá, desconfiava. Ontem, quando fui procurar uma borracha, reacendeu-se o rastilho. Levei o desenho para uma das mesas e usei muito lápis de cor, depois uma barra de pastel. Depois ainda, lápis de cor. E quando vi, o desenho estava finalmente concluído, entre minhas mãos.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

lançamento QUER JOGAR?

sábado dia 03 de setembro às 11h no sesc do Paço da Liberdade/Curitiba lançamento do livro quer jogar? texto Adriana Klisys desenhos Carlos Dala Stella  Edições SESC SP preço R$ 99,00 (menos desconto de lançamento)









































segunda-feira, 1 de agosto de 2011

flores e gatos na janela



Flores e gatos na janela
lápis de cor sobre papel
40x30cm

Robert encomendou um desenho para presentear Bea, ambos amigos queridos. Fiz com redobrado prazer, agora um versão com lápis de cor dos gatos e flores à janela que venho desenhando há dois meses. Nessa variação, aparece um terceiro gato, ou a sombra de um deles, de ponta cabeça. Tenho no ateliê uma terceira tela, esboçada na noite passada, com os mesmos gatos, só que agora as flores são copos de leite musicais. Com esse conjunto volto ao coração da cor. O tema é um nada, um pretexto, como tantas vezes antes, para carpir as mesmas perguntas, na expectativa que helicônias azuis floresçam em nosso jardim.

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